Botox, Dysport ou Xeomin?: Quando o assunto é toxina botulínica tipo A, a pergunta mais comum nos consultórios é simples: “Qual dura mais ou entrega o melhor resultado: Botox, Dysport ou Xeomin?” A resposta, entretanto, é menos binária do que parece. Na prática, cada marca tem peculiaridades de composição, difusão e velocidade de ação; logo, a escolha depende mais da anatomia tratada, da experiência do médico e da dose correta do que de um rótulo específico.
E não para por aí, conheça também o Relfydess e o Daxxify, duas toxinas de nova geração que prometem revolucionar os tratamentos estéticos nos próximos anos e que, em breve, devem chegar ao Brasil.

1. Composição e pureza
- Botox® (onabotulinumtoxinA) traz a toxina ligada a complexantes proteicos.
- Dysport® (abobotulinumtoxinA) também contém proteínas acessórias, porém em perfil diferente.
- Xeomin® (incobotulinumtoxinA) é “puro”: não carrega proteínas não-botulínicas, o que reduz a chance de formação de anticorpos e torna o produto teoricamente mais seguro para pontos mais avançados.
2. Difusão (“halo”) e dose equivalente
- Dysport se espalha mais – ótimo para áreas amplas (testa), porém exige perícia para não alcançar músculos vizinhos. Estudos apontam um raio de difusão maior que o do Xeomin e do Botox.
- Xeomin e Botox apresentam um halo menor (target), favorecendo regiões que pedem precisão, como linhas periorais.
- A potência das unidades não é intercambiável: em média, 1 UN de Botox ≈ 1 UN de Xeomin ≈ 2,5 UN de Dysport. Logo, usa-se menos unidades de Dysport para alcançar efeito similar, mas o volume injetado pode ser maior para diluição adequada.
3. Início de ação
- Dysport costuma mostrar resultado mais rápido (24-48 h).
- Botox e Xeomin iniciam entre 3 e 5 dias, chegando ao pico por volta da segunda semana.
4. Duração: depende mais da estratégia do que da marca
Mitos sobre “qual dura mais” ignoram dois fatores críticos:
- Dose eficaz total: maior número de unidades bem distribuídas tende a prolongar o relaxamento muscular.
- Hábitos de vida: metabolismo acelerado por exercício intenso, exposição solar excessiva e tabagismo podem abreviar os efeitos.
- Resposta individual do organismo: fatores genéticos influenciam diretamente a forma como cada paciente metaboliza a toxina botulínica. Algumas pessoas apresentam uma resposta neuromuscular mais resistente, enquanto outras têm resultados mais duradouros mesmo com doses moderadas.
Portanto, Botox, Dysport e Xeomin podem durar de três a quatro meses na maioria dos pacientes, estendendo-se a cinco ou seis meses quando a dose é otimizada e o estilo de vida colabora.
Botox, Dysport ou Xeomin?

5. Segurança e risco de resistência
A pureza do Xeomin, sem proteínas adicionais, reduz o “peso proteico” (0,6 ng / 100 U contra ~5 ng / 100 U no Botox), o que teoricamente diminui a produção de anticorpos neutralizantes em tratamentos repetidos. Apesar disso, a incidência de resistência clínica permanece baixa em todas as marcas quando as aplicações seguem intervalos seguros (≥ 3 meses) e doses adequadas.
6. Por que a habilidade do médico pesa mais que a marca?
- Conhecimento anatômico define quantos pontos e quantas unidades cada músculo necessita para evitar assimetrias.
- Experiência prática permite ajustar conversões (ex.: da unidade de Dysport para Botox) sem perder naturalidade.
- Técnica de diluição e profundidade altera difusão e duração, potencializando ou limitando cada toxina.
Em outras palavras, não existe uma “receita de bolo” na aplicação, o melhor resultado surge da combinação “toxina correta + dose precisa + mão experiente”.
Tendências para 2025: Novas Toxinas no Radar

Além das três marcas clássicas, o portfólio de neuromoduladores de toxina botulínica tipo A está crescendo rapidamente, e dois nomes despontam como fortes candidatos a entrar (ou ampliar) na rotina dos consultórios brasileiros:
Nova toxina | Diferencial de formulação | Principais dados clínicos | Impacto prático |
Daxxify™ (daxibotulinumtoxinA-lanm) | Peptídeo estabilizador exclusivo, sem necessidade de proteína humana ou animal | Programa SAKURA (> 3 000 pacientes) demonstrou mediana de 24 semanas de duração e episódios de efeito prolongado até 9 meses | Menos reaplicações por ano; ideal para quem deseja visitas mais espaçadas ou viaja com frequência |
Relfydess™ (relabotulinumtoxinA) | Solução líquida pronta para uso—dispensa reconstituição e minimiza erro de dose | Nos ensaios de fase III READY/RELAX, até 39 % dos pacientes já notaram melhora no Dia 1; eficácia manteve-se por ≈ 6 meses com segurança em ciclos repetidos | Logística simplificada para o médico, ação “relâmpago” e efeito longo, favorecendo agendas cheias |
Por que isso importa?
- Personalização real – quanto maior o leque de toxinas, maior a chance de ajustar difusão, início de ação e intervalo de manutenção ao estilo de vida de cada paciente.
- Qualidade do protocolo – produtos líquidos como Relfydess reduzem variabilidade na diluição, enquanto formulações peptídicas como Daxxify podem trazer longevidade superior.
- Atualização constante – escolher profissionais que acompanham essas pesquisas garante que a indicação não fique presa a um único “padrão ouro”, mas evolua conforme a ciência entrega opções mais seguras e duradouras.
Em síntese, 2025 marcará um cenário de toxinas mais diverso, preciso e duradouro. Conversar com seu dermatologista sobre Daxxify, Relfydess e as demais alternativas permitirá traçar estratégias sob medida, maximizando resultados e minimizando retoques desnecessários.
Botox, Dysport ou Xeomin?
Não há “super-toxina” universal: Botox, Dysport e Xeomin compartilham o mesmo mecanismo, mas variam em pureza, halo de difusão e velocidade de ação. Portanto, a excelência do resultado depende muito mais de planejamento individualizado e expertise do médico injetor do que da marca escolhida. Se a prioridade é precisão em áreas pequenas, Xeomin pode ser vantajoso; se o objetivo é cobrir regiões extensas rapidamente, Dysport se destaca; e, para quem já se adapta bem ao clássico, Botox segue eficiente.
Agende uma avaliação detalhada, discuta seus objetivos e hábitos de vida, e permita que o especialista defina a estratégia ideal, seja com Botox, Dysport ou Xeomin, para suavizar rugas, preservar expressões naturais e manter sua rotina sem surpresas.
Dermato na Mídia: Botox, Dysport ou Xeomin
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Dermatologista no RJ – Especialista em Botox na Barra da Tijuca

PERFIL
Dra. Ana Carulina Moreno
CRM: 52.97133-2
RQE: 21135
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), amplamente reconhecida como a melhor do país de acordo com o Center for World University Ranking.
Posteriormente, realizei residência médica em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas, também da USP.
Por fim, obtive o Título de Especialista em Dermatologia, concedido tanto pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) quanto pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Dermatologista na Barra da Tijuca – Especialista em Tratamentos Estéticos ( Faciais e Corporais )
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