O queloide, também chamado de cicatriz queloidiana, − é um dos desafios mais intrigantes da dermatologia contemporânea. Afinal, trata-se de uma cicatriz que, em vez de se manter plana, cresce além dos limites da lesão original, formando uma elevação espessa, irregular e, por vezes, hiperpigmentada. Além disso, esse crescimento desordenado pode evoluir durante meses ou anos, causando desconforto estético e, ocasionalmente, sintomas como coceira ou dor leve. Portanto, compreender os mecanismos de formação, reconhecer fatores predisponentes e, sobretudo, adotar condutas terapêuticas precoces faz toda a diferença para reduzir volume, aliviar sintomas e recuperar a autoconfiança do paciente.

O que é queloide?
Tecnicamente, o queloide representa uma cicatriz patológica resultante da produção excessiva de colágeno durante a fase proliferativa da cicatrização cutânea. Em circunstâncias normais, a pele lesada resgata a integridade tecidual em três fases: inflamação, proliferação fibroblástica e remodelação. No entanto, em indivíduos predispostos, essa última fase sofre descontrole: fibroblastos continuam sintetizando colágeno tipo III de maneira exagerada, formando um “calombo” firme, rosado ou castanho, que ultrapassa as bordas da ferida inicial. Consequentemente, temos uma cicatriz espessa, brilhante e, não raro, pruriginosa.
Fatores de risco e predisposição genética
Embora qualquer pessoa possa desenvolver queloide, há grupos com risco significativamente maior. Primeiramente, a herança genética exerce papel decisivo; estudos demonstram padrão familiar de suscetibilidade, principalmente em populações afrodescendentes e asiáticas. Além disso, fatores hormonais em idade puberal ou gravidez parecem intensificar a resposta cicatricial. Por fim, áreas corporais ricas em tensão dérmica, como tórax, ombro, lóbulo da orelha e região deltoide, favorecem o crescimento queloidiano, bem como microtraumas repetitivos (por exemplo, acne inflamatória ou atrito constante).
Queloide: Causas, Sintomas e Tratamentos

Principais causas e gatilhos
- Traumas cirúrgicos ou cortes profundos: incisões amplas, cesáreas e cirurgias ortopédicas são focos clássicos.
- Queimaduras: calor excessivo favorece fibrose dérmica exagerada.
- Piquetes cosméticos: piercings e tatuagens em regiões de predisposição resultam, frequentemente, em queloides volumosos.
- Acne nodulocística: lesões inflamatórias extensas deixam cicatrizes exuberantes.
- Marcas vacinais: BCG em deltoide é exemplo tradicional.
Quadro clínico: como reconhecer um queloide?
O queloide inicia-se, geralmente, semanas após a ferida se fechar. Nesse momento, o paciente nota área endurecida, pruriginosa e com coloração levemente eritematosa. Posteriormente, a cicatriz expande-se além dos limites originais, assumindo tonalidade rosada ou hiperpigmentada, textura lisa e consistência borrachosa. Além disso, alguns relatam dor discreta ou ardor intermitente. Em contrapartida, cicatrizes hipertróficas, muitas vezes confundidas com queloides, permanecem dentro dos limites da ferida e tendem a regredir espontaneamente ao longo de 12 a 18 meses. Portanto, o diagnóstico diferencial pelo dermatologista é crucial.
Diagnóstico: avaliação clínica e métodos complementares
A confirmação do queloide é primariamente clínica: história, exame físico e localização típica bastam. Entretanto, em situações atípicas ou quando se suspeita de tumores cutâneos (p. ex., dermatofibrossarcoma protuberans), a biópsia incisional torna-se necessária. Ademais, ultrassonografia de partes moles pode definir profundidade e vascularização, auxiliando no planejamento terapêutico.
Prevenção: como evitar a formação de queloides?
- Cuidados pós-procedimento: manter feridas limpas, trocas de curativo assépticas e evitar tensão mecânica.
- Silicone em gel ou lâminas: indicados logo após retirada de pontos, pois regulam hidratação e pressão, inibindo excesso de colágeno.
- Fitas de compressão: ideais para orelhas após piercing ou cirurgia, reduzindo expansão cicatricial.
- Proteção solar rígida: radiação UV intensifica pigmentação e inflamação local.
- Consulta precoce: ao menor sinal de crescimento anormal, procurar dermatologista; dessa forma, intervenções iniciais minimizam volume final.
Vale ressaltar que, como cada pele é única, é fundamental passar por uma avaliação médica especializada antes de iniciar qualquer protocolo com exossomos no RJ.

Tratamentos consagrados para queloide

Infiltrações intralesionais de corticosteroides
Consideradas tratamento de primeira linha, reduzem síntese de colágeno e modulam resposta inflamatória. Em média, realizam-se sessões mensais por 3 a 6 meses, levando à diminuição de altura, prurido e eritema.
Crioterapia
Aplicação de nitrogênio líquido ou dispositivos de criocaneta induz necrose controlada do tecido fibroso. Consequentemente, a lesão regride até 50 % quando combinada a esteroides.
Laserterapia (pulsado, CO₂ fracionado ou ND:YAG)
Lasers vasculares diminuem eritema e coceira, enquanto fracionados ablationateis suavizam espessura. Protocolos combinados demonstram melhores resultados, sobretudo em queloides planos.
Cirurgia + radioterapia ou betaterapia adjuvante
Ressecção cirúrgica isolada apresenta recidiva acima de 70%. Porém, quando associada à radioterapia de baixa dose imediatamente pós-operatória, a taxa cai para menos de 20%. Ainda assim, reservamos essa abordagem a queloides refratários.
Toxina botulínica intralesional
Reduz tensão muscular ao redor da cicatriz e modula fatores de crescimento. Em outras palavras, é opção promissora, especialmente em queloides de regiões dinâmicas, como ombro.
Terapias tópicas avançadas
Imiquimode 5%, silicone gel e fitas impregnadas com óleos bioativos funcionam como manutenção, evitando reativação fibroblástica.
Novas abordagens e perspectivas futuras
Pesquisas recentes investigam antagonistas de TGF-β, interferon-α e 5-fluorouracil intralesional como potencial adjuvância. Além disso, estudos genômicos apontam mutações em genes de matriz extracelular, sugerindo terapias-alvo em médio prazo. Portanto, o futuro vislumbra intervenções mais específicas e de menor recidiva.
Embora benigno, o queloide pode gerar constrangimento estético, limitação de movimentos (quando sobre articulações) e sofrimento emocional. Dessa forma, a abordagem deve ser integral: controle clínico, suporte psicológico e, se necessário, encaminhamento a grupos de apoio.

Perguntas frequentes sobre queloide
1. Queloide dói ou só coça?
2. O queloide pode desaparecer sozinho?
3. Toda cicatriz grande se transforma em queloide?
4. Qual a diferença entre queloide e cicatriz hipertrófica?
5. Posso tatuar se já tive queloide?
6. Piercing na orelha sempre vira queloide?
7. Qual o melhor tratamento inicial para queloide recente?
8. Cirurgia resolve o queloide definitivamente?
9. Laser remove queloide?
10. Crianças podem desenvolver queloide?
11. Gestantes podem tratar queloide?
12. Cremes caseiros funcionam?
13. Existe como prevenir queloide após cirurgia?
14. O sol agrava o queloide?
15. Quanto custa tratar um queloide?
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Dermatologista RJ – Especialista em Procedimentos Estéticos

PERFIL
Dra. Ana Carulina Moreno
CRM: 52.97133-2
RQE: 21135
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), amplamente reconhecida como a melhor do país de acordo com o Center for World University Ranking.
Posteriormente, realizei residência médica em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas, também da USP.
Por fim, obtive o Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) quanto pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Dermatologista no RJ – Especialista em Tratamentos Estéticos ( Faciais e Corporais )
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