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Melasma é uma desordem de pigmentação crônica que acomete principalmente mulheres em idade fértil, embora homens também possam apresentar o quadro. Placas acastanhadas aparecem sobretudo na face, caracterizando um desafio estético que afeta autoestima e qualidade de vida. Entretanto, bons resultados são alcançáveis hoje graças a protocolos integrados que unem fotoproteção rigorosa, despigmentantes tópicos, terapias orais, lasers fracionados de baixa fluência e, além disso, mudanças de estilo de vida.

melasma

Melasma: Definição e Epidemiologia

Melasma é uma hiperpigmentação adquirida da pele caracterizada por máculas ou placas marrom-acastanhadas de bordas irregulares. Embora possa atingir qualquer fototipo, aparece com maior frequência nos fototipos III a VI (Fitzpatrick). Estima-se que até 40 % das mulheres em climas tropicais apresentem algum grau da condição, enquanto a incidência em homens varia de 5 a 10 %.

Além disso, estudos de coorte revelam impacto psicológico significativo: 70 % das pacientes relatam autoestima prejudicada e 30 % descrevem sintomas de ansiedade ou depressão leve. Portanto, tratar o Melasma não é apenas vaidade, mas sim cuidar da saúde mental e social.

Classificação clínica

TipoLocalização típicaFrequência
CentrofacialTesta, dorso do nariz, bochechas e lábio superior≈ 70 %
MalarRegião malar (bochechas e nariz)≈ 15 %
MandibularLinha da mandíbula e mento≈ 10 %
Extra-facialAntebraços, colo ou dorso< 5 %

Melasma: Causas e Fatores

Melasma

A etiologia é multifatorial. A ciência aponta um verdadeiro coquetel de gatilhos:

  1. Radiação ultravioleta (UV) e luz visível
    • UVB induce α-MSH e endotelina-1, estimulando melanócitos.
    • Luz azul (HEV) ativa oxidantes na melanina – por isso filtros com óxido de ferro fazem diferença.
  2. Hormônios
    • Gravidez (“cloasma”) e pílulas combinadas elevam estrogênio/progesterona.
    • Além disso, terapia hormonal de reposição pode exacerbar lesões.
  3. Inflamação crônica e estresse oxidativo
    • Poluição, calor e radiação infravermelha geram espécies reativas de oxigênio (ERO), danificando queratinócitos.
  4. Predisposição genética
    • 40–50 % dos pacientes referem histórico familiar.
  5. Procedimentos inadequados
    • Peelings ou lasers mal indicados podem desencadear Melasma rebote.

Consequentemente, o plano terapêutico exige identificar e controlar o máximo possível desses fatores.

Diagnóstico e avaliação de profundidade

O diagnóstico costuma ser clínico, todavia, ferramentas complementares refinam o manejo:

MétodoO que mostraImportância prática
Lâmpada de WoodAcentua depósito epidérmicoMelasma epidérmico responde melhor a cremes despigmentantes
DermatoscopiaPseudo-retículo pigmentado, telangiectasiasDiferencia de lentigos ou PIH
Fotografia de luz polarizadaBordas e contrasteAcompanha evolução
Ultrassom de alta frequênciaEspessura dérmicaPesquisa inflamação subclínica

Além disso, novas tecnologias como Reflectance Confocal Microscopy permitem observar melanófagos dérmicos in vivo, fornecendo dados para escolher lasers menos agressivos.

Melasma

Tratamentos Tópicos

Melasma

Hidroquinona (HQ)

Considerada “padrão-ouro”, a HQ a 2 a 4 % inibe a tirosinase. Entretanto, seu uso prolongado (> 6 meses) pode causar exocitose ou ocronose exógena em raríssimos casos. Por isso, dermatologistas adotam esquemas intermitentes: 8 a12 semanas de HQ seguidas de manutenção sem HQ.

Tripla combinação (Kligman modificado)

HQ 4 % + Tretinoína 0,05 % + Acetonido de Fluocinolona 0,01 %, aplicada à noite. Enquanto a tretinoína aumenta penetração da HQ, o corticoide minimiza irritação. Resultados da melhora do Melasma visíveis em 6 a 8 semanas.

Alternativas não hidroquinona

AtivoMecanismoObservações
Ácido azelaico 15–20 %Inibe tirosinase e DNA polimeraseSeguro na gestação
Ácido kójico 1–4 %Quelante de cobrePotencial irritação
Tranexâmico tópico 2–5 %Bloqueia interação melanócitos-queratinócitosBoa opção para manutenção
Cisteamina 5 %Age na peroxidaseAplicação noturna curta (15 min)

Veículos e rotinas

  • Manhã: antioxidante (vitamina C 10–15 %) + protetor solar FPS 50 PPD ≥ 20 + base mineral com óxido de ferro.
  • Noite: despigmentante + hidratante reparador.

Portanto, aderência diária é decisiva; estudos mostram que 30 % dos pacientes usam protetor irregularmente, correlacionando-se com menor clareamento do melasma.

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Terapias Orais

Ácido tranexâmico (TXA)

Dose habitual: 250 mg 2×/dia por 3–6 meses. Reduz plasmina, atenua inflamação UV-induzida. Meta-análises apontam clareamento de 30 a 45 %. Entretanto, contra-indica-se em trombofilias.

Polypodium leucotomos

Extrato antioxidante (240 mg/dia) diminui ERO e previne recidiva quando associado a fotoproteção. Além disso, é bem tolerado.

Glutathiona oral ou sublingual

Evidências emergentes sugerem ação direta na melanogênese; ensaios controlados mostram redução de L* (L-star) em 12 semanas. Todavia, faltam estudos longos.

Procedimentos e Tecnologias

peeling para Melasma

Peelings químicos

PeelingConcentraçãoBenefícioIntervalo
Ácido mandélico30–40 %Clareia sem inflamar3–4 semanas
Jessner modificado14% SA + 14% LA + RSDespigmenta e renova textura4–6 semanas
Ácido tricloroacético (TCA) 10–15 %SuperficialUso localizado6 semanas

Entretanto, peelings fortes como TCA 20–35 % elevam risco de PIH e devem ser evitados em fototipos altos.

laser para Melasma

Laser Zye e Luz Pusada

DispositivoFluênciaEstratégiaObservação
QS Nd:YAG 1064 nm low-fluence (laser toning)1,6–2 J/cm², 5–10 passadas6–10 sessões semanaisRisco de rebound ⬆ se energia alta
Pico 755 nm ou 1064 nm0,4–0,6 J/cm²Fragmenta melanina sem aquecerCustoso, mas rápido
Fracionado não ablativo 1550 nm8–12 mJ microbeamEstimula renovação dérmicaCombinar com despigmentantes
Luz intensa pulsada c/ filtro 560–590 nm10–14 J/cm²Para eritema-pigmentação mistaFototipo ≤ III

Além disso, lasers são sempre adjuvantes; sem fotoproteção e tópicos, a recidiva do melasma é quase certa.

Microagulhamento Robótico e Drug Delivery (MMP)

Agulhas de 0,5–1 mm criam microcanais, portanto aumentam penetração de TXA ou vitamina C. Sessões mensais somam bons resultados em 3 meses para melasma.

Exossomos – tendência 2025

Exossomos vegetais ricos em miR-125b e TGF-β3 reduzem inflamação e modulam melanócitos. Aplicados após microagulhamento robótico, consequentemente encurtam downtime e potencializam o clareamento do Melasma.

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médica de Melasma

Prevenção e cuidados no dia a dia

Controle de hormônios, converse com o ginecologista sobre pílulas de baixa dose.

  • Protetor solar amplo espectro – reaplicar a cada 2 h.
  • Chapéu de aba larga – reduz radiação difusa em 40 %.
  • Maquiagem com óxido de ferro – barreira contra luz azul.
  • Evitar calor excessivo – sauna e forno elevam vasodilatação.
  • Nutrição antioxidante – dieta rica em frutas vermelhas, chá verde, cúrcuma.
mitos sobre Melasma

Mitos comuns sobre Melasma

MitoRealidade
“Melasma é mancha de gravidez e some depois.”30 % persistem anos após o parto.
“Bronzeado uniformiza o tom.”O sol agrava e escurece as manchas.
“Peeling forte resolve de vez.”Peeling agressivo pode causar rebound.
“Protetor FPS 30 é suficiente.”É preciso FPS 50 + PPD ≥ 20 e óxido de ferro.

Perguntas frequentes (FAQ)

Melasma tem cura definitiva?

Não. É crônico; o objetivo é controlar e evitar recidivas.

Homens podem desenvolver Melasma?

Sim. Representam 1 em cada 10 casos, especialmente se expostos ao sol intenso.

Posso tratar durante a gravidez?

Evite hidroquinona. Prefira ácido azelaico, fotoproteção rigorosa e sempre consulte a dermatologista e a obstetra.

Laser piora Melasma?

Se mal indicado ou com fluência alta, pode agravar. Procure lasers de baixa energia com profissional experiente.

Vitamina C clareia sozinha?

Ajuda, mas isoladamente tem efeito discreto; use como coadjuvante dentro de protocolo combinado.

O Melasma some no inverno?

Costuma clarear, porém não some totalmente. A manutenção deve continuar o ano todo.

Protetor solar físico ou químico é melhor?

Físico com óxido de ferro protege contra luz visível; ideal é combinar filtros híbridos FPS 50+ e reaplicar a cada 2 h.

Alimentação influencia no Melasma?

Dietas ricas em antioxidantes (frutas vermelhas, chá verde) ajudam a controlar o estresse oxidativo cutâneo.

Peeling químico é seguro para Melasma?

Sim, desde que superficial (mandélico ou Jessner mod.). Peelings médios/agressivos aumentam risco de rebound.

Quanto tempo leva para ver resultados dos cremes?

Despigem tantes tópicos mostram clareamento inicial entre 6 e 8 semanas; pico em 12 semanas com uso correto.

Tranexâmico oral é seguro?

Em doses baixas (250 mg 2×/dia) é bem tolerado; contraindicado em trombofilias ou uso concomitante de anticoncepcional de alta dose.

Maquiagem piora ou ajuda?

Ajuda quando contém óxido de ferro, pois forma barreira contra luz azul; escolha fórmulas não comedogênicas.

Estresse agrava o Melasma?

Sim. Cortisol elevado favorece inflamação e pode escurecer as manchas. Técnicas de manejo do estresse são recomendadas.

Melasma pode aparecer fora do rosto?

Embora raro, pode acometer colo, antebraços e dorso — chama-se Melasma extrafacial.

Qual o melhor horário para aplicar despigmentante?

À noite, com pele limpa e seca, para reduzir irritação e evitar fotossensibilidade.

Microagulhamento é eficaz contra Melasma?

Sim, quando associado a drug delivery de ácido tranexâmico ou vitamina C; sessões mensais melhoram penetração e resultado.


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PERFIL

Dra. Ana Carulina Moreno

CRM: 52.97133-2

RQE: 21135


Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), eleita a melhor faculdade de medicina do país pelo Center for World University Ranking. Além disso, fiz residência médica em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas, também da USP. Além disso, possuo título de Especialista em Dermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Clínica de Dermatologia e Estética Avançada na Barra da Tijuca – Especialista em Tratamentos Estéticos ( Faciais e Corporais no Rio de Janeiro)

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