Melasma é uma desordem de pigmentação crônica que acomete principalmente mulheres em idade fértil, embora homens também possam apresentar o quadro. Placas acastanhadas aparecem sobretudo na face, caracterizando um desafio estético que afeta autoestima e qualidade de vida. Entretanto, bons resultados são alcançáveis hoje graças a protocolos integrados que unem fotoproteção rigorosa, despigmentantes tópicos, terapias orais, lasers fracionados de baixa fluência e, além disso, mudanças de estilo de vida.
Tabela de conteúdos
- Melasma: Definição e Epidemiologia
- Melasma: Causas e Fatores
- Diagnóstico e avaliação de profundidade
- Tratamentos Tópicos
- Terapias Orais
- Procedimentos e Tecnologias
- Prevenção e cuidados no dia a dia
- Mitos comuns sobre Melasma
- Perguntas frequentes (FAQ)
- Dermato na Mídia: Melasma
- Melasma no Rio de Janeiro: Últimas Matérias Publicadas
- Conheça meu Instagram

Melasma: Definição e Epidemiologia
Melasma é uma hiperpigmentação adquirida da pele caracterizada por máculas ou placas marrom-acastanhadas de bordas irregulares. Embora possa atingir qualquer fototipo, aparece com maior frequência nos fototipos III a VI (Fitzpatrick). Estima-se que até 40 % das mulheres em climas tropicais apresentem algum grau da condição, enquanto a incidência em homens varia de 5 a 10 %.
Além disso, estudos de coorte revelam impacto psicológico significativo: 70 % das pacientes relatam autoestima prejudicada e 30 % descrevem sintomas de ansiedade ou depressão leve. Portanto, tratar o Melasma não é apenas vaidade, mas sim cuidar da saúde mental e social.
Classificação clínica
Tipo | Localização típica | Frequência |
---|---|---|
Centrofacial | Testa, dorso do nariz, bochechas e lábio superior | ≈ 70 % |
Malar | Região malar (bochechas e nariz) | ≈ 15 % |
Mandibular | Linha da mandíbula e mento | ≈ 10 % |
Extra-facial | Antebraços, colo ou dorso | < 5 % |
Melasma: Causas e Fatores

A etiologia é multifatorial. A ciência aponta um verdadeiro coquetel de gatilhos:
- Radiação ultravioleta (UV) e luz visível
- UVB induce α-MSH e endotelina-1, estimulando melanócitos.
- Luz azul (HEV) ativa oxidantes na melanina – por isso filtros com óxido de ferro fazem diferença.
- Hormônios
- Gravidez (“cloasma”) e pílulas combinadas elevam estrogênio/progesterona.
- Além disso, terapia hormonal de reposição pode exacerbar lesões.
- Inflamação crônica e estresse oxidativo
- Poluição, calor e radiação infravermelha geram espécies reativas de oxigênio (ERO), danificando queratinócitos.
- Predisposição genética
- 40–50 % dos pacientes referem histórico familiar.
- Procedimentos inadequados
- Peelings ou lasers mal indicados podem desencadear Melasma rebote.
Consequentemente, o plano terapêutico exige identificar e controlar o máximo possível desses fatores.
Diagnóstico e avaliação de profundidade
O diagnóstico costuma ser clínico, todavia, ferramentas complementares refinam o manejo:
Método | O que mostra | Importância prática |
---|---|---|
Lâmpada de Wood | Acentua depósito epidérmico | Melasma epidérmico responde melhor a cremes despigmentantes |
Dermatoscopia | Pseudo-retículo pigmentado, telangiectasias | Diferencia de lentigos ou PIH |
Fotografia de luz polarizada | Bordas e contraste | Acompanha evolução |
Ultrassom de alta frequência | Espessura dérmica | Pesquisa inflamação subclínica |
Além disso, novas tecnologias como Reflectance Confocal Microscopy permitem observar melanófagos dérmicos in vivo, fornecendo dados para escolher lasers menos agressivos.

Tratamentos Tópicos

Hidroquinona (HQ)
Considerada “padrão-ouro”, a HQ a 2 a 4 % inibe a tirosinase. Entretanto, seu uso prolongado (> 6 meses) pode causar exocitose ou ocronose exógena em raríssimos casos. Por isso, dermatologistas adotam esquemas intermitentes: 8 a12 semanas de HQ seguidas de manutenção sem HQ.
Tripla combinação (Kligman modificado)
HQ 4 % + Tretinoína 0,05 % + Acetonido de Fluocinolona 0,01 %, aplicada à noite. Enquanto a tretinoína aumenta penetração da HQ, o corticoide minimiza irritação. Resultados da melhora do Melasma visíveis em 6 a 8 semanas.
Alternativas não hidroquinona
Ativo | Mecanismo | Observações |
---|---|---|
Ácido azelaico 15–20 % | Inibe tirosinase e DNA polimerase | Seguro na gestação |
Ácido kójico 1–4 % | Quelante de cobre | Potencial irritação |
Tranexâmico tópico 2–5 % | Bloqueia interação melanócitos-queratinócitos | Boa opção para manutenção |
Cisteamina 5 % | Age na peroxidase | Aplicação noturna curta (15 min) |
Veículos e rotinas
- Manhã: antioxidante (vitamina C 10–15 %) + protetor solar FPS 50 PPD ≥ 20 + base mineral com óxido de ferro.
- Noite: despigmentante + hidratante reparador.
Portanto, aderência diária é decisiva; estudos mostram que 30 % dos pacientes usam protetor irregularmente, correlacionando-se com menor clareamento do melasma.

Terapias Orais
Ácido tranexâmico (TXA)
Dose habitual: 250 mg 2×/dia por 3–6 meses. Reduz plasmina, atenua inflamação UV-induzida. Meta-análises apontam clareamento de 30 a 45 %. Entretanto, contra-indica-se em trombofilias.
Polypodium leucotomos
Extrato antioxidante (240 mg/dia) diminui ERO e previne recidiva quando associado a fotoproteção. Além disso, é bem tolerado.
Glutathiona oral ou sublingual
Evidências emergentes sugerem ação direta na melanogênese; ensaios controlados mostram redução de L* (L-star) em 12 semanas. Todavia, faltam estudos longos.
Procedimentos e Tecnologias

Peelings químicos
Peeling | Concentração | Benefício | Intervalo |
---|---|---|---|
Ácido mandélico | 30–40 % | Clareia sem inflamar | 3–4 semanas |
Jessner modificado | 14% SA + 14% LA + RS | Despigmenta e renova textura | 4–6 semanas |
Ácido tricloroacético (TCA) 10–15 % | Superficial | Uso localizado | 6 semanas |
Entretanto, peelings fortes como TCA 20–35 % elevam risco de PIH e devem ser evitados em fototipos altos.

Laser Zye e Luz Pusada
Dispositivo | Fluência | Estratégia | Observação |
---|---|---|---|
QS Nd:YAG 1064 nm low-fluence (laser toning) | 1,6–2 J/cm², 5–10 passadas | 6–10 sessões semanais | Risco de rebound ⬆ se energia alta |
Pico 755 nm ou 1064 nm | 0,4–0,6 J/cm² | Fragmenta melanina sem aquecer | Custoso, mas rápido |
Fracionado não ablativo 1550 nm | 8–12 mJ microbeam | Estimula renovação dérmica | Combinar com despigmentantes |
Luz intensa pulsada c/ filtro 560–590 nm | 10–14 J/cm² | Para eritema-pigmentação mista | Fototipo ≤ III |
Além disso, lasers são sempre adjuvantes; sem fotoproteção e tópicos, a recidiva do melasma é quase certa.
Microagulhamento Robótico e Drug Delivery (MMP)
Agulhas de 0,5–1 mm criam microcanais, portanto aumentam penetração de TXA ou vitamina C. Sessões mensais somam bons resultados em 3 meses para melasma.
Exossomos – tendência 2025
Exossomos vegetais ricos em miR-125b e TGF-β3 reduzem inflamação e modulam melanócitos. Aplicados após microagulhamento robótico, consequentemente encurtam downtime e potencializam o clareamento do Melasma.


Prevenção e cuidados no dia a dia
Controle de hormônios, converse com o ginecologista sobre pílulas de baixa dose.
- Protetor solar amplo espectro – reaplicar a cada 2 h.
- Chapéu de aba larga – reduz radiação difusa em 40 %.
- Maquiagem com óxido de ferro – barreira contra luz azul.
- Evitar calor excessivo – sauna e forno elevam vasodilatação.
- Nutrição antioxidante – dieta rica em frutas vermelhas, chá verde, cúrcuma.

Mitos comuns sobre Melasma
Mito | Realidade |
“Melasma é mancha de gravidez e some depois.” | 30 % persistem anos após o parto. |
“Bronzeado uniformiza o tom.” | O sol agrava e escurece as manchas. |
“Peeling forte resolve de vez.” | Peeling agressivo pode causar rebound. |
“Protetor FPS 30 é suficiente.” | É preciso FPS 50 + PPD ≥ 20 e óxido de ferro. |
Perguntas frequentes (FAQ)
Melasma tem cura definitiva?
Não. É crônico; o objetivo é controlar e evitar recidivas.
Homens podem desenvolver Melasma?
Sim. Representam 1 em cada 10 casos, especialmente se expostos ao sol intenso.
Posso tratar durante a gravidez?
Evite hidroquinona. Prefira ácido azelaico, fotoproteção rigorosa e sempre consulte a dermatologista e a obstetra.
Laser piora Melasma?
Se mal indicado ou com fluência alta, pode agravar. Procure lasers de baixa energia com profissional experiente.
Vitamina C clareia sozinha?
Ajuda, mas isoladamente tem efeito discreto; use como coadjuvante dentro de protocolo combinado.
O Melasma some no inverno?
Costuma clarear, porém não some totalmente. A manutenção deve continuar o ano todo.
Protetor solar físico ou químico é melhor?
Físico com óxido de ferro protege contra luz visível; ideal é combinar filtros híbridos FPS 50+ e reaplicar a cada 2 h.
Alimentação influencia no Melasma?
Dietas ricas em antioxidantes (frutas vermelhas, chá verde) ajudam a controlar o estresse oxidativo cutâneo.
Peeling químico é seguro para Melasma?
Sim, desde que superficial (mandélico ou Jessner mod.). Peelings médios/agressivos aumentam risco de rebound.
Quanto tempo leva para ver resultados dos cremes?
Despigem tantes tópicos mostram clareamento inicial entre 6 e 8 semanas; pico em 12 semanas com uso correto.
Tranexâmico oral é seguro?
Em doses baixas (250 mg 2×/dia) é bem tolerado; contraindicado em trombofilias ou uso concomitante de anticoncepcional de alta dose.
Maquiagem piora ou ajuda?
Ajuda quando contém óxido de ferro, pois forma barreira contra luz azul; escolha fórmulas não comedogênicas.
Estresse agrava o Melasma?
Sim. Cortisol elevado favorece inflamação e pode escurecer as manchas. Técnicas de manejo do estresse são recomendadas.
Melasma pode aparecer fora do rosto?
Embora raro, pode acometer colo, antebraços e dorso — chama-se Melasma extrafacial.
Qual o melhor horário para aplicar despigmentante?
À noite, com pele limpa e seca, para reduzir irritação e evitar fotossensibilidade.
Microagulhamento é eficaz contra Melasma?
Sim, quando associado a drug delivery de ácido tranexâmico ou vitamina C; sessões mensais melhoram penetração e resultado.
Dermato na Mídia: Melasma
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Melasma no Rio de Janeiro: Últimas Matérias Publicadas


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Dermatologista Barra da Tijuca – RJ com Especialistas em Melasma no Rio de Janeiro.

PERFIL
Dra. Ana Carulina Moreno
CRM: 52.97133-2
RQE: 21135
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), eleita a melhor faculdade de medicina do país pelo Center for World University Ranking. Além disso, fiz residência médica em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas, também da USP. Além disso, possuo título de Especialista em Dermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Clínica de Dermatologia e Estética Avançada na Barra da Tijuca – Especialista em Tratamentos Estéticos ( Faciais e Corporais no Rio de Janeiro)
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