Exantema (ou rash cutâneo) é a erupção de manchas avermelhadas na pele que pode vir acompanhada de coceira, febre, mal-estar, dor de cabeça e, às vezes, ardência local. Embora muitas causas sejam virais, medicamentos e alergias também entram no radar e, portanto, exigem avaliação clínica para definir conduta.
Como o exantema é um sinal — e não um diagnóstico único — o contexto faz diferença: contato com doentes, uso recente de remédios, viagens, surtos sazonais e vacinação. Desse modo, além do exame da pele, o médico correlaciona sintomas sistêmicos (dor de garganta, tosse, coriza, dor abdominal) e, quando necessário, solicita exames (sangue, sorologias, swab).
Neste guia, você vai entender o que é o exantema, quais são os sintomas, os principais tipos, o que pode causar, como tratar com segurança e como prevenir. Além disso, veremos diferenciais rápidos ( miliária / brotoeja, foliculite, dermatite de contato ) para você ter mais previsibilidade.

O que é exantema
É a erupção cutânea composta por manchas (máculas) e, às vezes, relevo (pápulas), que pode coçar ou arder. Embora seja comum em viroses (sarampo, rubéola, mão-pé-boca, varicela), reações a medicamentos e alergias também causam quadros semelhantes.
Exantema: Sinais e sintomas principais
Manchas vermelhas difusas, coceira/ardência, febre, mal-estar e cefaleia; em algumas doenças, surgem bolhas ou caroços. Além disso, podem ocorrer dor de garganta, tosse, coriza, dor abdominal e cansaço conforme a causa.
Exantema: Quando procurar avaliação
Febre alta persistente, manchas roxas/petequiais que não somem à pressão, rigidez de nuca, vômitos ou piora rápida exigem atendimento imediato. Do mesmo modo, bebês pequenos, gestantes e pessoas imunossuprimidas devem ser avaliados cedo.
Exantema: principais tipos e pistas clínicas
Maculopapular morbiliforme
Máculas e pápulas confluentes (sarampo, rubéola, reações a fármacos, dengue, mononucleose); começa no tronco e se espalha; febre e pródromos ajudam no enquadramento.
Urticariforme (urticária)
Placas edemaciadas que mudam de lugar e coçam muito; alimentos, fármacos e infecções podem desencadear; observe resposta a anti-histamínicos.
Rubeoliforme / escarlatiniforme
Lesões menores, rosadas ou “lixa” (escarlatina, rubéola, Kawasaki); língua em framboesa e dor de garganta orientam hipóteses específicas.
Papulovesicular
Pápulas e vesículas pruriginosas (varicela, herpes simples/zoster, mão-pé-boca, impetigo bolhoso); cuidado para não romper e infectar.
Petequial / purpúrico
Pontinhos que não somem à pressão; pode indicar infecção grave (ex.: meningococcemia) — avaliação imediata é essencial.
Exantema súbito (roséola)
Febre alta que cede abruptamente seguida do rash (lactentes, HHV-6/7); apesar de assustar, costuma evoluir bem com suporte.

Como reconhecer o Exantema: distribuição, pródromos e sinais de alerta
Note a distribuição (tronco, face, mãos/pés), a sequência (febre → rash ou rash → febre) e o alívio com compressas frias; além disso, observe se o rash progride de forma centrípeta (para o tronco) ou centrífuga (para extremidades), pois esse padrão ajuda no raciocínio. Em viroses, pródromos (tosse, coriza, dor de garganta) são comuns; já em farmacodermia, há história de remédio novo 1–2 semanas antes e, às vezes, prurido mais intenso.
Diferencie de brotoeja (miliária, melhora ao resfriar), dermatite de contato (bordas bem definidas e relação com produto) e foliculite (pústulas centradas no pelo); por fim, avalie enantema (lesões na mucosa oral) e acometimento palmo-plantar, pois esses sinais também refinam o diagnóstico diferencial. Lembre-se: petequias, sonolência excessiva, vômitos repetidos e rigidez de nuca exigem urgência.
Quando a causa não é clara, exames podem incluir hemograma, sorologias, teste rápido viral e, eventualmente, swab de naso/orofaringe para agentes respiratórios; adicionalmente, fotos seriadas e uma linha do tempo (início, pico, convalescença) facilitam a correlação clínica e evitam tratamentos desnecessários.
Como tratar Exantema: suporte sintomático e terapia dirigida
Suporte: hidratação, compressas frias (10–15 min) e antitérmico/analgésico quando indicado; à noite, anti-histamínico pode ajudar o sono. Em pele seca, aplique hidratante sem perfume logo após banho curto e morno e, além disso, reaplique 2–3×/dia para manter a barreira; assim, você reduz ardor, descamação e prurido. Mantenha unhas curtas e, se possível, use roupas leves de algodão para minimizar atrito.
Específico: antibiótico somente com infecção bacteriana confirmada; antivirais em cenários selecionados (ex.: indicações para varicela/herpes na janela adequada); corticoide tópico de baixa a média potência em áreas limitadas e por tempo curto, sempre sob orientação. Entretanto, evite corticoide sistêmico sem avaliação, pois pode mascarar quadros infecciosos. Em suspeita de reação a medicamento, não reinsista no fármaco e procure avaliação; portanto, a retirada segura e o substituto correto fazem diferença.
Rotina prática: prefira roupas de algodão, evite calor/fricção e não estoure bolhas nem remova crostas; se houver atrito, use curativo não aderente e, em seguida, reforce a hidratação. Hidrate-se por via oral e faça repouso relativo; por fim, em doenças contagiosas, respeite o isolamento até liberação clínica. Procure reavaliação diante de sinais de alarme (petequias/púrpura, prostração, rigidez de nuca, dispneia ou piora rápida), porque a conduta pode mudar e, dessa forma, complicações são prevenidas.

Ferramentas terapêuticas no Exantema
Hidratação e pele
Creme sem fragrância após banho e mãos; desse modo, reduz ardor, descamação e microfissuras.
Compressas frias
Aplicar 10–15 min nas áreas mais ativas, 2–4×/dia; portanto, alivia coceira rapidamente.
Controle de sintomas
Antitérmico/analgésico e anti-histamínico quando indicado; contudo, sempre com orientação.
Exames direcionados
Hemograma, sorologias ou swab em casos selecionados; assim, evita terapias desnecessárias.
Vacinação
Calendário em dia reduz exantemas clássicos; além disso, protege contatos vulneráveis.

Como prevenir e reduzir recidivas
Mantenha vacinas em dia (MMR/varicela), higienize as mãos e evite contato próximo durante surtos; além disso, informe contatos de risco quando houver suspeita de doença contagiosa. Após doenças exantemáticas, lave roupas e lençóis com água quente e, em seguida, ventile ambientes para diminuir a carga viral/bacteriana; se possível, desinfete superfícies de alto toque (celular, maçanetas, controles).
Se você usa novos medicamentos/cosméticos, introduza um por vez; assim, a correlação com rash fica clara e, portanto, a suspensão é assertiva. Por fim, prefira roupas leves de algodão, hidratação diária da pele e fotoproteção ao retomar atividades ao ar livre; do mesmo modo, programe banhos curtos e mornos, evite esponjas ásperas e mantenha as unhas curtas para reduzir escoriações e infecções secundárias.
Em atletas ou em quem trabalha no calor, ajuste rotinas: faça pausas para resfriar, troque peças suadas rapidamente e, depois, reaplique hidratante para recompor a barreira; desse modo, o atrito e a sudorese não perpetuam a irritação. Se houver histórico de rash por fármaco, leve a lista de medicamentos à consulta e, também, registre fotos com data para comparar evolução entre episódios.
O que NÃO fazer no exantema
Não estoure bolhas nem arranque crostas — isso abre porta para infecção e pode aumentar o risco de cicatriz; não coce até ferir, pois a pele inflamada é mais vulnerável. Evite “receitas caseiras” com álcool, limão, vinagre ou óleos essenciais concentrados; em vez disso, faça compressas frias e siga o esquema indicado.
Da mesma forma, não compartilhe toalhas, roupas ou itens pessoais em quadros contagiosos; não se exponha ao sol na fase aguda — espere estabilizar e, então, proteja a pele para evitar manchas residuais. Além disso, não reinicie por conta própria um medicamento suspeito de causar o rash; portanto, aguarde orientação médica e registre o nome do fármaco para futuras consultas.
Não use pomadas “milagrosas” com antibiótico + corticoide sem avaliação, porque podem mascarar infecções e retardar o diagnóstico; não cubra amplamente a área com curativos oclusivos quentes, já que a umidade excessiva piora o prurido. Caso surjam sinais de alarme (petequias/púrpura, rigidez de nuca, febre alta persistente, vômitos repetidos, prostração), não espere: procure atendimento imediato.

Exantema × Outras condições: diferenciais rápidos
Miliária (brotoeja)
Pápulas/bolhinhas após calor e suor, melhora ao resfriar; portanto, ventilação e roupa leve resolvem a maioria dos casos.
Dermatite de contato
Limites definidos e relação com produto; assim, retirar o agente e tratar a inflamação são o foco.
Foliculite
Pústulas centradas no pelo, às vezes dolorosas; manejo inclui higiene e, quando necessário, terapia dirigida.
Farmacodermia
Rash após iniciar remédio novo; documentar datas e suspender com orientação evita recorrências e complicações.
Cuidados antes, durante e depois
Antes: cheque o cartão de vacinas, evite aglomerações em períodos de surto e, sobretudo, introduza novos produtos/medicamentos de forma incremental (um por vez, por 48 h). Mantenha um breve histórico de remédios recentes, porque reações medicamentosas costumam surgir 1–2 semanas após o início. Além disso, organize um “kit SOS” com antitérmico orientado, hidratante sem fragrância e compressas frias reutilizáveis.
Durante: priorize suporte (hidratação fracionada, compressas frias 10–15 min, roupas leves de algodão) e, em seguida, faça o tratamento específico quando indicado. Anti-histamínico noturno pode aliviar prurido; entretanto, se houver suspeita de dengue, evite anti-inflamatórios sem avaliação. Reduza atrito/calor, seque a pele por toque após o banho e, depois, reaplique hidratante para diminuir ardor e descamação.
Depois: proteja do sol com filtro e barreiras físicas (chapéu, sombra) para reduzir marcas residuais; além disso, mantenha a hidratação diária por 2–4 semanas, pois a pele segue reativa mesmo após a melhora. Caso as manchas mudem de padrão ou novas lesões surjam com febre, retorne para reavaliação e ajuste da conduta.
Se houver febre alta persistente, dor intensa, vômitos, prostração ou petequias, procure avaliação imediata. Fotos seriadas em boa iluminação e um resumo dos sintomas com datas ajudam a equipe a correlacionar gatilhos, direcionar exames e, portanto, acelerar o tratamento adequado.


Mitos e verdades: o que realmente ajuda
“Exantema sempre é alergia” — mito: infecções e fármacos também causam; “passar álcool ajuda” — mito: irrita e piora; “só sol resolve” — mito: fotoproteção é mais segura e previne manchas; “todo rash é contagioso” — mito: várias erupções não se transmitem, portanto, a conduta depende do diagnóstico.
“Antibiótico cura todas as manchas” — mito: só tem papel quando há bactéria confirmada; “hidratar piora” — mito: em pele seca, hidratar acalma e repara a barreira; “banho muito quente alivia” — mito: o calor acentua prurido, então prefira água morna e tempo curto.
“Corticoide sistêmico resolve rápido e é sempre seguro” — mito: pode mascarar infecções; assim, use apenas com orientação. Verdade: compressas frias, roupas de algodão, evitar atrito e seguir o esquema prescrito reduzem desconforto; além disso, registrar medicamentos e início do rash ajuda a prevenir recidivas e, consequentemente, melhora a precisão do tratamento.
Exantema: prevenção contínua e manejo previsível
Exantema é comum e, embora assuste pela aparência, geralmente responde bem a medidas de suporte e ao tratamento direcionado à causa. Portanto, documente a evolução, evite automedicação e procure avaliação diante de sinais de gravidade. Com isso, você ganha segurança hoje e, além disso, previne complicações no longo prazo.
FAQ — Exantema (rash cutâneo)
O que é exantema?
Exantema é uma erupção de manchas ou pápulas na pele que pode vir com coceira, febre e mal-estar; muitas vezes surge após viroses, alergias ou uso de medicamentos e, portanto, exige avaliação do contexto.
Exantema é contagioso?
O exantema em si não “pega”; contudo, algumas causas são contagiosas (ex.: sarampo, catapora, mão-pé-boca). Assim, a orientação de isolamento depende do diagnóstico.
Quais são os sintomas mais comuns?
Manchas vermelhas que podem coçar ou arder; além disso, febre, dor de cabeça, coriza, dor na garganta e cansaço podem acompanhar, variando conforme a causa.
Quanto tempo dura um exantema?
Geralmente, de 3 a 14 dias; entretanto, algumas causas medicamentosas podem durar mais. Se o quadro persistir ou piorar, procure avaliação.
Exantema dói ou deixa cicatriz?
Costuma causar prurido ou ardor, porém dor intensa é menos comum. Em regra, não deixa cicatriz; ainda assim, coçar muito pode causar feridas e manchas residuais.
Quais as causas mais frequentes?
Infecções virais (sarampo, rubéola, roséola, dengue, mão-pé-boca), reações a medicamentos, alergias e, às vezes, bactérias/parasitas; por isso, o histórico clínico é essencial.
Exantema: Reconhecimento & Diferenciais
Como diferenciar alergia de virose pela pele?
Em viroses, há pródromos (febre, tosse, coriza) antes do rash; já na alergia medicamentosa, o exantema aparece 1–2 semanas após iniciar um remédio novo e, às vezes, coça mais.
Exantema é igual a brotoeja (miliária)?
Não. A brotoeja melhora ao resfriar e tem bolhinhas superficiais; o exantema, por sua vez, varia em tamanho e distribuição e pode vir com sintomas sistêmicos.
Exantema pode ser dengue?
Pode. Em dengue, o rash vem com febre alta, dor no corpo e, eventualmente, petéquias; portanto, evite AINEs sem avaliação e procure serviço de saúde.
Quando o exantema é sinal de gravidade?
Se houver petéquias/púrpura, sonolência excessiva, rigidez de nuca, vômitos repetidos, falta de ar ou dor intensa. Nesses casos, procure urgência imediatamente.
Fotossensibilidade e manchas: devo me preocupar?
Alguns remédios causam exantema fotoinduzido; assim, proteja-se do sol e informe medicações recentes ao médico para ajustar o tratamento.
Como o médico confirma a causa?
O diagnóstico é clínico + histórico; eventualmente, pedem-se hemograma, sorologias, testes virais e, em casos selecionados, biópsia. Dessa forma, o tratamento fica direcionado.
Exantema: Tratamento & Cuidados
Qual é o tratamento do exantema?
Geralmente, suporte: hidratação, compressas frias, antitérmico/analgésico e anti-histamínico noturno para coceira; além disso, terapia específica conforme a causa (antibiótico/antiviral somente quando indicado).
Posso usar corticoide por conta própria?
Evite. Corticoide sistêmico pode mascarar infecções; por isso, só use com orientação. Tópicos de baixa/média potência podem ser indicados em quadros selecionados.
Banho e roupas ajudam mesmo?
Sim. Prefira banho morno e curto, seque por toque e use roupas leves de algodão; dessa forma, você reduz o prurido e a irritação mecânica.
Hidratante piora ou ajuda?
Ajuda, especialmente se a pele estiver seca; portanto, use sem fragrância após o banho para restaurar a barreira e diminuir ardor.
Quando posso voltar à escola ou ao trabalho?
Depende da causa. Em doenças contagiosas (ex.: varicela), aguarde liberação clínica; em alergias não contagiosas, o retorno ocorre conforme conforto e orientação médica.
Exposição ao sol durante o exantema: pode?
Evite durante a fase ativa, porque o calor piora a coceira e pode manchar; depois, retome com fotoproteção adequada.
Exantema: Cenários Especiais
Exantema em bebês e crianças: muda algo?
Em pediatria, viroses são comuns; contudo, febre alta, irritabilidade ou recusa alimentar exigem avaliação. Mantenha hidratação e evite automedicação.
Grávidas podem ter exantema?
Podem, por viroses ou alergias; entretanto, alguns agentes são de risco fetal (ex.: rubéola). Assim, procure pré-natal imediatamente para conduta segura.
COVID-19 causa exantema?
Pode causar rash maculopapular, urticariforme ou perniótico; ainda assim, o manejo é de suporte e segue protocolos da infecção principal.
Medicamentos que mais dão exantema?
Antibióticos, anticonvulsivantes, AINEs e alopurinol, entre outros. Portanto, informe tudo que iniciou nas últimas semanas.
Preciso fazer exames sempre?
Não. Em quadros leves e típicos, muitas vezes não é necessário; por outro lado, sinais de alerta ou suspeita específica justificam exames.
Como prevenir novos episódios?
Mantenha vacinas em dia (MMR/varicela), higienize as mãos, introduza remédios/cosméticos um por vez e, por fim, evite automedicação — isso reduz recidivas e complicações.
Exantema: Últimas Matérias Publicadas

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Dermatologista na Barra da Tijuca – Especialista em Tratamentos Dermatológicos no Rio de Janeiro.

PERFIL
Dra. Ana Carulina Moreno
CRM: 52.97133-2 | RQE: 21135
Graduada pela Faculdade de Medicina da USP, eleita a melhor do país pelo CWUR.
Residência em Dermatologia pelo HC-USP; Título de Especialista SBD/AMB.
Clínica de Dermatologia e Estética Avançada na Barra da Tijuca – Especialista em Tratamentos Estéticos, Faciais e Corporais no Rio de Janeiro.
# Dermatologista Especialista em Exantema no RJ
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