Finasterida e Dutasterida: Guia Completo das medicações mais prescritas para Queda de Cabelo em 2025

Por que a DHT é o alvo principal?

Primeiramente, é preciso entender que a di-hidrotestosterona (DHT) encurta a fase anágena e miniaturiza o folículo. A enzima 5-α-redutase converte testosterona em DHT; logo, inibi-la diminui o estímulo androgênico no couro cabeludo. Finasterida bloqueia, sobretudo, a isoenzima tipo II, enquanto dutasterida age nas isoenzimas tipo I e II, resultando em supressão mais ampla, e consequentemente, potencialmente mais potente.

Finasterida: panorama clássico

• Dose: 1 mg/dia (versão capilar).
• Redução de DHT: ~60 % no couro cabeludo após 24 h.
• Eficácia: 86 % dos pacientes estabilizam a calvície; 65 % percebem crescimento visível em 12 meses.
• Segurança: bem tolerada; efeitos sexuais < 2 % e, além disso, geralmente reversíveis.

Dutasterida: o upgrade duplo

• Meia-vida: 4–5 semanas; portanto, efeitos persistem mais tempo após a suspensão.
• Dose off-label: 0,5 mg/dia.
• Redução de DHT: > 90 % sistêmico, graças à inibição de ambos os tipos enzimáticos.
• Eficácia: estudos randomizados mostram aumento de densidade capilar superior à finasterida em 6 meses.

Combinações que potencializam o resultado

1. Minoxidil – Aumenta a fase anágena, enquanto os inibidores hormonais atuam reduzindo a miniaturização folicular.
2. Microagulhamento robótico – Estimula fatores de crescimento e, simultaneamente, aumenta a absorção de ativos aplicados topicamente.
3. Exossomos capilares – Reconstroem o nicho folicular, permitindo o surgimento de fios mais espessos e saudáveis.
4. MMP® (Microinfusão de Medicamentos na Pele) – Técnica que entrega princípios ativos diretamente no bulbo capilar, o que potencializa a ação de fármacos como finasterida e dutasterida tópicas.
5. Mesoterapia capilar – Injeções superficiais de ativos como vitaminas, aminoácidos e vasodilatadores; dessa forma, promove nutrição local e estímulo direto ao folículo.
6. Rigenera® – Tratamento autólogo baseado em microenxertos do próprio couro cabeludo do paciente. Atua na regeneração capilar com células progenitoras e matriz extracelular, favorecendo crescimento de novos fios de maneira segura e natural.

Efeitos colaterais: verdade versus mito

• Libido e ereção – Apesar da fama, apenas 1-2 % relatam diminuição, muitas vezes transitória.
• Depressão – Evidência inconclusiva; entretanto, pacientes com histórico psiquiátrico devem ser monitorados.
• Ginecomastia – Rara (≤ 0,5 %); relacionada a desequilíbrio estrogênico, reversível na maioria dos casos.
• Fertilidade – Sêmen pode apresentar diminuição leve de contagem, porém dentro da normalidade clínica.

Importante: estudos robustos não confirmam “Síndrome Pós-Finasterida” como condição fisiopatológica inequívoca; ainda assim, queixas persistentes merecem investigação multidisciplinar.